Com um recipiente apropriado e água já se tem um aquário.
Porém, para descrever esse item eu vou me basear em um aquário de vidro, retangular, com capacidade para uns 50 litros de água e, inicialmente, o mais simples possível em relação ao equipamento utilizado. O aquário deve estar limpo e sem resíduos de produtos químicos de limpeza. Em geral, eu só uso água para limpar os aquário, nunca nenhum tipo de sabão ou detergente, mas posso usar sal para esfregar os vidros.
O primeiro passo é colocar o aquário no local definitivo, aonde ele deve ficar bem fixo, sem formar nenhum desnível em relação ao solo. Coloca-se então o cascalho, previamente lavado com água, até uma altura de aproximadamente 5 cm, e por cima do cascalho a decoraçao de rochas e troncos. Então enche-se de água até 2/3 da altura. Como a água das nossas torneiras contém uma grande quantidade de cloro que é prejudicial para as plantas e também para os peixes, essa pode ser tratada dentro do próprio aquário com algum produto que remove cloro encontrado em lojas de peixes, ou então a água deve ser deixada descansando por 2 dias para que o cloro evapore antes de plantar o aquário. O motivo de encher apenas 2/3 de água é não transbordar o aquário quando colocarmos as mãos para plantar. As plantas devem ser enterradas no cascalho com delicadeza, cuidando para não machucar muito as raizes (se existentes); folhas verdes não devem ser enterradas, elas devem ser removídas da parte que será enterrada para que não venham a apodrecer debaixo do cascalho. Agora termine de encher o aquário, não esquecendo de remover o cloro da água antes. Depois desse passo, o aquário deve ser deixado em repouso por alguns dias (uma semana ou mais) para que se inicie um ciclo biológico rudimentar (já que não foi colocado nenhuma espécie de filtro no aquário para estimular o ciclo) e as plantas comecem a criar raizes que vão fixá-las melhor no solo. Nessa fase, muitas plantas se soltam e devem ser replantadas. É comum após 2 ou 3 dias de montagem que a água do aquário se turve e fique leitosa, o que é um sinal de que o aquário está começando a formar sua biologia. Enquanto a água não ficar cristalina, nenhum peixe deve ser colocado no aquário.
Passado o período de fixação das plantas e quando a água voltar a ser cristalina, pode-se começar a introdução dos peixes. É aconselhável colocar os peixes aos poucos, deixando passar um período de alguns dias entre a introdução dos mesmos. Não se deve superpovoar o aquário, ou seja, nunca coloque peixes em excesso, pois esses podem sofrer por falta de oxigênio ou mesmo intoxicados por seus dejetos que vão se acumulando sem serem decompostos.
É ai que entram os filtros… (e as trocas ocasionais de água).
O filtro biológico (foto abaixo) é tradicionalmente um conjunto de placas perfuradas colocadas no fundo do aquário, abaixo da camada de cascalho, que têm por função facilitar a circulação de água na camada de cascalho, provendo oxigênio para as bactérias importantes que ai se alojam. Para forçar a circulação da água pelo filtro biológico utiliza-se uma bombinha interna ou externa. Como as placas do filtro biológico vão por baixo do cascalho, essas devem ser colocadas no aquário logo na montagem, antes da colocação do cascalho. Um aquário com filtro biológico estabilizado permite que mais peixes sejam colocados no aquário por litro de água, pois além de transformar os dejetos dos peixes em produtos menos tóxicos, ele facilita a troca de gases na superfície da água, através da movimentação da mesma.
Quanto à filtros externos (foto abaixo), existem os de vários tipos porém, com a tecnologia moderna e os preços mais baixos, eu aconselho um filtro contendo motor nele mesmo, e com elementos filtrantes fáceis de trocar. Atualmente existem filtros externos que contêm esponjas para abrigar a camada de bactérias do filtro biológico, não sendo necessária nesse caso a utilização das placas abaixo do cascalho. Os filtros externos são os meus preferidos, apesar de que eu tenho aquários montados com filtro biológico de fundo.
Além dos filtros, as trocas de água regulares também ajudam a manter o aquário limpo, já que na troca aproveita-se para remover parte dos dejetos que se acumulam no fundo do aquário e que vão se decompondo e "sujando" a água com o tempo. A quantidade de trocas d`água vai depender da quantidade de peixes no aquário e da utilização de outros sistemas de filtragem. A água para a troca não pode conter cloro.
Um detalhe importante a ser citado é a iluminação do aquário, já que as plantas necessitam de luz para se desenvolver. Eu particularmente acho a iluminação um item mais importante do que a própria filtragem. Existem para vender em lojas de peixes calhas que já contêm toda a fiação elétrica montada para funcionar, e só precisão de uma tomada próxima para serem ligadas e da lâmpada. Exitem lâmpadas especias para a iluminação de aquários, com um espectro de luz mais apropriado para estimular o crescimento das plantas, mostrar melhor o colorido dos peixes, etc, que podem também ser encontradas nas lojas de peixes. Eu considero que as lâmpadas aqua-glo são satisfatórias. Porém, como o uso de plantas não é obrigatório, e dependendo da quantidade de luz ambiente que um aquário recebe, nem sempre é necessário usar iluminação especial. Em relação aos aquários sem plantas, é até possível não utilizar cascalho no fundo, mas nesse caso eu aconselho a pintar o vidro do fundo por fora de cor escura. Também é comum encontrar aquários com plantas artificias no lugar das naturais, que imitam muito bem as naturais, mas não exigem cuidados específicos.
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